Monday, October 01, 2012

Home Sweet Home!

Gente, como a casa está suja!
Textos antigos que acumulam poeira, teia de aranha e um e outro rato morto!
Vou precisar de uma faxineira pra dar um jeito em toda essa bagunça, sem sombra de dúvida! E nem vou poder contar com minha esposa pra isso, afinal o blog é meu.
Sofá coberto com aqueles panos horríveis pra proteger da sujeira, cozinha totalmente abandonada, até com água parada no cano.
O quarto ainda com a bagunça que tentei arrumar em outras épocas... fotos rasgadas, quadros com olhos furados, um ou outro cinzeiro ainda sujo. E não podemos nos esquecer dos cacos daqueles copos que estilhacei na parede!
Tempos complicados... mas qual tempo não tem suas complicações? Ainda mais quando estamos entre os 25 e os 30 anos. Idade complicada, posso atestar.
Ainda assim, essa casa me traz boas memórias. Ensinamentos importantes, que carrego hoje comigo. Debaixo da mesa ainda tem o velho par de tênis All Star que usava para ir no Audiogalaxy, lá em Bauru. Nossa, faz tempo... eu era até mais magro! Por sinal, bem mais magro...
E as velhas fotos da Ozogro, a república mais nerd de Bauru! Chambers, Diniz, Balaguer, Xyca, Hick Carcamano... velhos camaradas, todos moleques fedendo à leite quando chegaram em Bauru. E saíram fedendo poeira, cerveja e, algumas vezes, perfume feminino (ou masculino, vai saber)!
Acabei achando um álbum com as velhas namoradas num buraco tampado no quintal. É... acho que salvar uma foto ou outra não faz mal. O resto, volta pra onde estava. Sei que vou me esquecer, e só vou encontrar novamente hora que arrumar esse canto. Que bom que sou desorganizado...
É... voltei pra casa! Welcome home, Ed!

Friday, December 12, 2008

E o texto novo veio mais cedo do que se imaginava!

E cá está o velho Ed revolvendo as teias do passado! Vendo textos velhos, coisas velhas, sentimentos velhos... e se surpreendendo como tem que forçar a memória pra se lembrar do que esses textos tão falando!
Tenho uma sensação engraçada ao ler esses textos. Não porque não sejam meus, reconheço meu estilo neles (e não é por nada não, mas até que meu estilo tava bem agradável de ser lido), mas o que eu não lembro é do que eles tratavam!
Como os meus velhos leitores sabem, eu nunca quis saber de colocar nomes ou de deixar as situações bem explícitas, pois não queria colocar o nome das pessoas envolvidas nas situações de minha vida sem a devida permissão delas. Mas me vi numa situação um tanto quanto insólita: eu não me lembro bem dos momentos aos quais me referi no momento em que escrevi o texto!
Não vou mentir, isso me deixou incomodado. Como é que pude me esquecer de tal forma de momentos que significaram tanto pra mim? Que marcaram tanto? Como eles puderam ficar tão pequenos a ponto de... sumirem da memória? Aos poucos eles vão ressurgindo, devagar, mas ainda assim, é estranho ver como esses problemas que antes pareciam tão grandes agora são tão. insignificantes.
Eis o sintoma da idade, senhores: quanto mais velho você fica, mais os problemas do passado ficam insignificantes. E os problemas de hoje sempre superam os de ontem, obviamente.
Sou um homem de 31 anos com mente de um jovem de 25 (acho). Tou mais gordo do que estava há dez anos atrás, mas mais magro do que estava há 4. Mais feliz hoje do que estava há 3 anos. e falando a mesma quantidade de bosta que sempre falei... e isso não me incomoda nem um pouco.
Graças a Deus!

***

E o bom filho à casa torna, ainda que seja pra voltar apenas daqui dois, três, cinco ou dez anos. A casa tá empoeirada, suja, com um monte de coisa bagunçada, mas não deixa de ser a nossa casa, a minha casa. E uma casa especial, onde eu posso ver vários eus do passado, cada um deles com suas perturbações, tristezas e incômodos da época. E, pasmem, cada um deles diferente do outro! E eis que aparece novamente um novo Ed, com novas idéias na cabeça, novos anseios e novas preocupações.
Mas o novo Ed é ainda o velho Ed! Inconsequente com as palavras, sempre buscando o sorriso em tudo, hedonista, atrás das coisas boas da vida, vivendo com um novo amor e querendo que ele seja o último (vai ser vai ser), tudo aquilo que sempre fui.
Não sei quando vai ser o próximo texto. Em todo caso, é hora de deixar mais um papel jogado aqui dentro dela. Para que o próximo a lê-lo saiba um pouco de mim.
E para que eu veja, num futuro distante, o que eu era hoje!

E olha só quem volta!!!

Apenas uma coisa pra marcar o território há muito abandonado: O BOM FILHO A CASA TORNA!
(mas nunca sendo o mesmo homem que partiu)...
Aguardem, em breve, um novo texto de um novo (velho) homem (moleque)!

Tuesday, April 03, 2007

Sobre Amores e Futuros (perfeitos, imperfeitos, desfeitos e refeitos)

E cá estamos nós novamente depois de uma nova ausência. E vou admitir uma coisa a vocês, meus leitores (se é que ainda existem): esse indivíduo que vos escreve só visita esse lugar hora que tem alguma coisa a escrever. E na maioria das vezes, como já notaram, não é pra falar sobre coisas boas.
Antes que me perguntem, não, hoje não é uma exceção.
Faz quatro meses que estou em Sampa, e posso dizer que tem sido quatro meses de sangue, suor, lágrimas e risadas. Ou seja, voltei a ter uma vida saudável. Não tem sido em nada fácil, mas ao menos estou sentindo novamente vida nos meus pensamentos e ações. Chega de agir por inércia ou ato reflexo.
Entretanto, mesmo minha vinda para cá obedeceu a um plano. Não muito bem traçado nem bem planejado, mas não deixou de ser um plano. Também não foi executado com perfeição, teve falhas, mas posso dizer que a maior parte das coisas deu certo. E as que não deram certo de imediato, bem, essas eu tou tratando de consertar. Ao menos agora tenho tempo e disposição para tentar consertar essas coisas.
Pena que nem tudo depende do nosso esforço e boa vontade. Na verdade, quando depende de outras pessoas, tudo fica tremendamente mais complicado. E nem sempre dá certo. Foi o que aconteceu comigo. Apostei em um amor que achava que seria possível... e não foi.
Os motivos de não ter dado certo são muitos, é uma história longa (e bota longa nisso) e, sinceramente, não tenho a menor disposição de ficar falando sobre isso. Basta dizer que não deu certo e pronto, acabou.
Mas... dessa vez acabou DE VERDADE?!?!?
Perguntinha complicada de ser respondida. Toda vez que a respondi me dei mal, mas tudo indica que dessa vez é um sim, acabou de vez. E digo isso baseado no que sinto nesse exato momento: um misto de raiva (de mim mesmo e dela) com tristeza, inconformidade e confusão. Claro, isso tudo vai passar, basta dar tempo ao tempo... mas sei lá, sabe. Creio que essa história já deu tudo que deveria dar. E pelo jeito acabará como eu não imaginava que iria acabar... minto... vai acabar de um jeito PIOR do que eu imaginava. Bem pior.

* * *
E daqui em diante? Como vai ser? (é a famosa pergunta inevitável)
Não sei, de verdade. Até agora apostei todas minhas fichas nisso, e perdi. Ainda tou meio perdido pra dizer o que vai ser daqui em diante.
Sei que já pensei muita coisa (a grande maioria bobagem) sobre o que fazer daqui em diante. Uma delas é a de desencanar de namoro. Estou chegando nos 30 anos, tou ficando um velho charmoso, pelo jeito estou chamando a atenção das gurias... por que não aproveitar isso?
Outra que eu curti também: viver com amantes!! Assim não tenho compromisso com nenhuma guria! Apenas sexo ocasional e das formas mais variadas e doidas possíveis (mas sem homossexualismo, claro).
Também pensei na hipótese de procurar uma outra pessoa pra gostar. Só que essa é pra um futuro bem incerto. No momento voltei a estar fechado pra esse tipo de negócio. Por quanto tempo? Só Deus sabe.
Por fim... pensei em ficar sozinho! Ou melhor... em continuar sozinho. Não deixa de ser uma hipótese (e não é das que mais me agradam), mas teria tempo de dar um jeito em TUDO que está pendente em minha vida. Inclusive me daria tempo pra desencanar de vez do que aconteceu e olhar para a frente sem receio.
Agora, se acham que eu vou tomar essa decisão, estão bem enganados. Deixarei que o tempo faça isso por mim. Vou dar um descanso de mim mesmo, tou vendo que preciso reavaliar melhor minhas escolhas. Que o Destino se encarregue de cuidar dessa parte pra mim, e vamos ver no que dá.
Afinal de contas, pior do que tá não fica.

Saturday, February 10, 2007

Welcome Home, Young Boy!

Pois é... voltei pra Sampa!! E, como era de se esperar, estou feliz pra caralho com o fato! Já comecei a sair, baladas, farra, camiseta molhada de tanto dançar... coisas que eu fazia antes de ir embora daqui.
Claro, muita coisa mudou desde 2001, o ano que me mudei pra Bauru, até hoje. Mas tou me divertindo em recuperar algumas das coisinhas que fazia antes de sair daqui. Aliás, muita coisa está acontecendo, esse ano tem tudo pra ser muito, mas muito bom...
Porém, eu não quero falar sobre isso hoje. Outro dia eu falo sobre o que aconteceu e sobre o que eu espero que aconteça. Hoje quero apenas fazer um... desabafo. Desabafo ao som de Snow Patrol (mais especificamente "You´re All I Have", do CD Eyes Open).
Sei que não sou a melhor pessoa do mundo, tou bem longe disso. Sei que já fiz coisas que me envergonham até hoje, e sei também que não sou a melhor pessoa do mundo pra perdoar determinadas coisas. Ou até mesmo esquecer.
Só que hoje, eu bem que gostaria de saber que meus pecados foram perdoados pelos outros, sabe... não é fácil a gente ser lembrado por algumas pessoas pelo que a gente foi ou fez, por mais que seja a coisa mais comum do mundo as pessoas se lembrarem da gente pelas piores coisas que fizemos a elas.
E como é que eu posso condenar alguém que não esqueceu o que fiz, sendo que eu mesmo jamais me esqueci de determinadas coisas que algumas pessoas me fizeram? Como é que eu posso condenar alguém que não se esquece do que fiz no passado para proteger outra? Tenho o direito de pedir uma segunda chance, sendo que ela já foi me dada anteriormente?
Será que devo continuar insistindo?
Devo esquecer essas pessoas e seguir o meu caminho?
Hoje eu me sinto meio triste porque descobri que, para alguns, o meu passado me condena. Por mais que eu tenha mudado, ele continua me condenando. E não sei se é porque estou triste, mas não vejo muitas perspectivas de que isso um dia vá mudar.
E isso vai me forçar a repensar algumas coisas... mas tenho tempo, tenho todo o tempo que quiser pra isso.

Thursday, October 19, 2006

Amor e Perdão nos quase 29

MENOS DE DOIS MESES!!! MENOS DE DOIS MESES PARA O MEU EXÍLIO ACABAR!!!
E eu estou perto de completar 29 anos de vida. Minha nossa, eu já estou com quase 30 anos, quase chegando na idade de Balzac (e, nesse caso, virando um balzaca). Quem sabe eu não comece a conquistar o mundo a partir de 2007?
Naah... não nasci pra ser conquistador. No máximo conselheiro de algum rei ou rainha, e olhe lá. Não sei nem se meus conselhos são bons o bastante para ser conselheiro de alguém. Só sei que algumas pessoas gostam do que eu falo e escrevo, e conseguem tirar proveito disso. Bom para elas, que conseguem tirar um proveito maior de um texto, e bom para mim, que percebo que estou conseguindo notar algumas peculiaridades nos seres humanos. Assim como Balzac.
É... acho que não vou conquistar o mundo a partir dos 30. Mas, quem sabe, escrever um livro?

***

Uma das primeiras coisas que aprendi ao estudar História é que tudo que fazemos no passado influencia no nosso presente, e o presente é vital para a construção do futuro. Por isso mesmo que muita gente acha que o destino da humanidade é o de perpetuar os seus erros infinitamente, algo que eu discordo tremendamente, pois a História serve justamente para analisarmos o que fizemos no passado e lutar para não cometer os mesmos erros no presente.
Entretanto, quando levamos isso pro plano pessoal, o plano das convivências, vemos que isso não é tão simples. Muitas coisas que fizemos no passado ficam marcadas pro resto de nossa vida em outras pessoas. E essas cicatrizes não são simples de serem superadas, ficam carimbadas na alma, e o autor delas fica na memória do outro, até que este é verdadeiramente perdoado.
Entendam, eu não vejo perdão apenas como um gesto de misericórdia, de amor (porque pra perdoar de verdade tem que se amar muito o próximo), mas como um gesto de superação. É como olhar para si mesmo e dizer: "eu superei essa cicatriz, ela não vai mais atrapalhar a minha vida". Daí é encher o peito e seguir em frente com a sua vida. Também não é esquecer, pois a memória continua lá, só que ela se torna algo tão insignificante que não nos desperta mais nada. Vira um tipo de memória vazia, uma vez que ela não mais nos afeta.
Por isso que tanta gente fala que perdoar é mostrar força, pois é você superar aquilo que um outro te fez e continuar vivendo, continuando ou não a ter contato com esse outro. O ressentimento é o contrário, pois essa memória, essa marca na alma não nos deixa descansar, não nos deixa seguir em frente, nos prende. É como aquelas correntes que ficam nas pernas dos presidiários, que os impede de andar para onde quiserem.
Fica até óbvio dizer que algmas dessas marcas na alma acabam sendo feitas por quem a gente ama ou amou, o que faz com que a situação piore ainda mais. Afinal de contas, quem ama não machuca. Quem ama cuida, não fere.
Porém, somos humanos, e humanos erram. Não apenas por maldade, mas por ignorância, por não ter sensibilidade de perceber que nossos atos influem no outro. Amor pode ser perfeito, mas seres humanos passam longe disso. Mas quem disse que isso importa pra quem ama? Amor é lindo, porém terrível, distorce nossa visão, nossos julgamentos. Mas quem consegue viver sem amor?
No fim, aquele que se ama e ama outro perdoa, pois vê no outro as falhas que ele mesmo poderia ter cometido e que é capaz de perdoar em si por se amar e se ver como um humano.

***

Falando em amor...

Love Love Love - The Organ
Amor, Amor, Amor

See the people sitting over there
Veja as pessoas ali sentadas
I want to kiss and touch them everywhere
Quero beija-las e toca-las em toda parte
Oh no, not because I really care
Oh não, não porque eu realmente me importe
Oh god, no, no, I wouldn´t dare
Oh deus, não, não, eu não ousaria

Love, love
Amor, amor
I´d really like a small part of it
Eu realmente gostaria de uma pequena parte dele
Oh love
Oh amor
I can´t believe the word love
Eu não posso acreditar na palavra amor

He´s had love in damp alleys
Ele teve amor em becos úmidos
In city hall, in city libraries
Na prefeitura, em bibliotecas
We smoked it underneath the playground
Nós o fumamos sob o pátio
Slide
Deslize
Why did i try?
Por que eu tentei?

Oh love
Oh amor
We cry so very much about it
Nós choramos tanto por ele
Oh love
Oh amor
Obsessing in the night about it
Desvairando na noite por ele
Oh love
Oh amor
I´d really like a small part of it
Eu realmente gostaria de uma pequena parte dele
Oh love, love, love
Oh amor, amor, amor

Okay, that´s enough of that
Tudo bem, chega disso
Okay, okay now that´s enough of that
Tudo bem, tudo bem, agora já chega disso
I´m getting very tired of the facts
Eu estou ficando muito cansado dos fatos
I´m getting very tired of the facts that
Eu estou ficando muito cansado dos fatos de que

I must be right
Eu devo estar certo
Oh, I must be right
Oh, eu devo estar certo
That´s why I´m cold and alone again
É por isso que eu estou frio e sozinho de novo
That´s why I´m all on my own again
É por isso que estou por minha conta de novo
That´s why I´m throwing things around my home again
É por isso que eu estou jogando coisas pela minha casa novamente
That´s why
É por isso
I´m looking for love
Que eu procuro por amor

Oh love
Oh amor
We cry so very much about it
Nós choramos tanto por ele
Oh love
Oh amor
Obsessing in the night about it
Desvairando na noite por ele
Oh love
Oh amor
I´d really like a small part of it
Eu realmente gostaria de uma pequena parte dele
Oh love, love, love
Oh amor, amor, amor

Creio ser desnecessário dizer algo mais, não?

***

Só faltam dois.

Sunday, September 24, 2006

E a Longa Marcha está chegando ao fim...

E cá estamos nós, a três meses de ir embora pra São Paulo. Três meses de expectativa antes do infalível retorno para a cidade de origem! Três meses antes de acabar uma estadia aqui que, convenhamos, se tornou longa demais!
E a vida não para de dar seus tornos e entornos nesse meio tempo. O que eu achava que iria acontecer, não acontecerá mais. E o que eu tinha certeza de que iria ocorrer... bem... não é que pode muito bem ocorrer? O que ia se atar, não vai mais, o que se desatou realmente se reatou... eternas transformações!
E ainda por cima, o que tem que dar certo por lá, está dando! Realmente, tudo está caminhando para ir pra Sampa! TUDO! Só falta mesmo arrumar um emprego no Etapa (mas aí acho que realmente seria querer demais)!
E o que mais eu quero? Tudo que eu tava querendo tá acontecendo, e se não está acontecendo, o Irmão Destino tá me provando que pode ser por um bom motivo, e tá me dando novas opções. Só falta mesmo eu conseguir umas duas escolas particulares pra dar aula ano que vem, e tá tudo certo.
E o que falta? Bem... fazer um trabalho de fotojornalismo pra ser entregue na sexta (ainda nem comecei) e ver o que falta fazer de matéria pra que eu possa finalmente partir daqui.
E esse post ficou cheio de "E" no começo de parágrafo. É "E" de EXPECTATIVA!
***
Agora só faltam 3!

Friday, August 11, 2006

Em verdade vos digo... O Irmão Destino é um humorista como poucos!

Faz um tempo que eu tenho refletido sobre uma questão: a eternidade dos sentimentos. Principalmente o amor. E não tou falando daquela maldita frase pra lá de manjada do Vinicius, o “que seja infinito enquanto dure”. Estou falando mesmo de eternidade, de sentimento que dura uma vida inteira... ou até mais, para aqueles que acreditam em vida após a morte.
Alguns acontecimentos recentes me fizeram crer que amor infinito não existe. Assim como a vida do ser humano é finita, os seus sentimentos também o são. Porém, outros acontecimentos recentes me fizeram repensar essa idéia. Quero compartilhar com vocês dois desses acontecimentos.
Portanto, se tu é do tipo que odeia leituras piegas, mais doces do que água com açúcar, mais melosas que mel, então melhor pular para o próximo texto. Acredite ou não, também não gosto de leituras piegas, me dão enjôo. Mas eu estou num momento piegas, então vou escrever texto piegas. E se você não gostar... bem... basta tu fechar a janela do seu browser. Tem o “x” no canto superior direito do seu monitor justamente pra isso!
Você continua lendo? Ok, depois não diga que eu não avisei.

PORQUE NÃO ACREDITAR QUE AMOR É ETERNO...
Alguns anos atrás eu conheci um casal de amigos via internet, nas famosas salas de bate papo da UOL (abençoada época da sala de Jogos e RPG da UOL). Era um casal mesmo, casado, com três filhos, felizes pra caralho. Fui várias vezes na casa deles, zoava pra caramba com os filhos deles, me ajudaram muito nas minhas deprês amorosas, enfim, um casal de amigos do caramba.
Depois de uns anos, eles se mudaram de cidade, saíram de Sampa, e acabei perdendo um pouco de contato com eles. Às vezes calhava de cruzarmos na net, mas eram momentos bem raros. E eu já imaginava que eles acabariam sumindo para todo o sempre...
... quando de repente encontro um deles, a parte feminina do casal! Puxa, foi pra lá de divertido, pois começamos a trocar altas idéias, meio que colocar o papo em dia, e foi durante essa de colocar a conversa em dia que ela chega e me fala que se separou do marido.
Nossa, fiquei de cara no chão! Se havia um casal que eu acreditava que iria durar para sempre, era esse! Sempre vi eles super bem, apesar de saber que eles tinham lá suas discussões, como qualquer casal que se preze. Agora... separar? Nunca que eu ia imaginar!
Claro que perguntei os motivos que fizeram eles tomarem tal atitude, e devo dizer que minha curiosidade não foi devidamente satisfeita. Mas um dos motivos que me foi dado foi justamente que... não havia mais amor! Havia amizade mas amor mesmo, não.
E foi nesse momento que cheguei à seguinte conclusão: essa conversa de amor eterno não existe! Pelo menos não no mundo atual! Assim como a vida do ser humano é finita, os seus sentimentos também o são. Nascem, crescem... e um dia morrem! Como tudo no mundo! Só não morre aquilo que não tá vivo. E, se é assim, pra que então passar por isso? Melhor mesmo arrumar relacionamentos superficiais e foda-se o resto. Se acabar um namoro pra mim já é um suplício... imagina acabar um casamento de ANOS?!?!
Não, definitivamente isso é algo que eu não quero pra minha vida.

... E PORQUE ACREDITAR QUE É!
Hoje saí do trabalho e fui comprar umas coisas. Gibis, ingresso para o show do Forgotten Boys aqui em Bauru (fiquem tranqüilos, haverá um textinho falando sobre o show, e ele está logo abaixo), um dilema interno (comer ou não comer na rua, eis a questão), enfim, coisas comuns do dia a dia, ao menos do meu dia a dia.
Foi quando cruzei com um velho amigo meu daqui de Bauru. Aliás, amigo desde antes de eu me mudar pra cá. O cara tava meio apressado, mas fiz questão de cumprimenta-lo, pois eu tinha mandado um mail pra ele (coisas de jogo de RPG) e queria saber se ele recebeu.
Fui lá, conversamos uns dois, três minutos, e ele me dá três notícias, no mínimo, surpreendentes:
1 – ele saiu do emprego, ou seja, estava desempregado (!)
2 – ele havia voltado com a ex-namorada dele, que também é mãe da filha dele, e que tinha tido algumas confusões bem graves (!!)
3 – ele estava MORANDO com a guria (!!!)
Nossa, fiquei surpreso pra caralho, mas muito feliz por ele. Inclusive o cara fez questão de mostrar aliança (se muito me engano, dourada), mostrando que o lance era sério mesmo. Ou seja, apesar de todas as zicas que ocorreram entre ele e ela, apesar de tanta dor de cabeça, ele voltou com ela! E mais, passou a morar com ela!
Aí a gente pensa: será que ele não fez isso apenas por causa da filha? Duvido muito. Afinal de contas, ele sempre estava presente com a criança, sempre estava lá, sendo pai, não bancando o pai. E isso era visto por todos os colegas. Só que agora ele havia voltado a ficar com a guria que era mãe da filha dele! Mesmo depois de tanta confusão, briga, etc.
Daí, novamente eu penso: será que amor é eterno? Será que é parte do amor você simplesmente jogar todos os problemas que tu teve no passado com a pessoa pro alto, começar algo novo, apesar de jamais esquecer o que passou, seja pro bem, seja pro mal? Será que amor é também dor de cabeça?
Não sei a resposta... mas eu não iria ficar triste se algo assim acontecesse comigo.
Agora, imagino que a pergunta de um milhão de dólares que está passando pela sua cabeça é: QUAL É A SUA CONCLUSÃO DIANTE DE TUDO ISSO??
Simples: NENHUMA!

***

Sabe, às vezes eu me espanto como o Irmão Destino gosta de zoar com a nossa cara. Me espanta o senso de humor que ele tem, sério! Ao contrário do que o Neil Gaiman mostrou, ele gosta de fazer piadas com a gente! E detalhe... ELE SABE FAZER UMAS PIADAS MUITO DIVERTIDAS!
Bem, vamos explicar uma coisa. O Irmão Destino é um personagem criado por Neil Gaiman, que é o autor de uma das maiores obras primas dos quadrinhos, Sandman. Sandman, o senhor dos sonhos, é um dos sete Eternos, que são personificações de... situações que, teoricamente, todos os seres vivos do universo encaram cedo ou tarde.
E o Destino é uma dessas personificações. Pra começar, ele é cego, afinal de contas, ele não pode privilegiar ninguém. Além disso, é a criatura que está acorrentada ao grande livro do destino, onde tudo que vai ocorrer com cada ser vivo no universo está escrito, e a missão dele é ler esse livro inteiro (mas como ele consegue ler se é cego??), até o dia em que todos os seres vivos vão morrer, ele vai poder fechar o livro e se livrar de seu fardo.
Acho que, por ter um trabalho tão tedioso, ele tem o direito de, de vez em quando, pegar a sua pena e dar uma trapaceada. Enfim, fazer uma piadinha ou outra com os seres vivos, pra dar risada da nossa cara. Bem, ele fez uma comigo, e descobri isso hoje, no Armazém!
Detalhe que, pra muitos (acho até que pra maioria das pessoas), o trote que o Irmão Destino fez seria de muito mau gosto, ofensivo até. Porém... eu dei risada! E uma risada divertida, de gente que caiu na maior das piadas, e se divertiu com o fato! Eu me diverti com o fato de ser o bobo da piada, e justamente porque ela foi muito, mas muito bem pensada, muito bem feita! E não dá para não rir de uma piada bem feita, convenhamos.
Enfim, hoje eu notei como a vida realmente nos reserva surpresas. E como, às vezes, uma coisa que pensamos, pode realmente chegar muito perto de ser realizada. De fato, o pensamento tem poder...
... mas duvido que o pensamento tenha tanto bom humor quanto o Irmão Destino!
Em tempo: Armazém é um bar aqui em Bauru que só toca rock and roll, e onde teve o show do Forgotten Boys. Aliás, se quiser saber como foi o show, leia o próximo texto, ok!

***

Eu vou ser bem sincero: ouvi pouquíssimas músicas do Forgotten Boys. Não que não me interesse ou não goste mas... simplesmente eu fiz download de bandas que, no momento, me parecem bem mais interessantes. E Forgotten Boys sempre foi colocada em segundo ou terceiro plano.
Porém, como eu falei pro meu primo (que também foi no show), resolvi dar uma chance pros garotos. E tenho que admitir, rock and roll pesado, responsa e muito agradável de ser ouvido! Lembra um bocado o rock dos anos 70, mas com um jeito mais atual, mais quente, bem mais... bem, bem mais despretensioso. Um som que às vezes lembra The Clash, às vezes lembra o pós-punk, às vezes lembra The Futureheads (aliás, ô bandinha boa essa, viu!), enfim, um som pra lá de despretensioso e bom de se ouvir, tremendamente emp0lgante. E empolgante mesmo pra quem não ouviu uma só musica deles!
Além disso, eu acabei indo num lugar que não vou há anos, que é esse bar chamado Armazém. A única vez que fui nele foi há anos atrás, junto com uns amigos, e foi bem divertido, mas não tinha achado o bar grande coisa. Bem, dessa vez tenho que admitir que ele tá bem da hora, aconchegante e agradável. Fora que estão servindo uma pinga boa pra cacete!
Enfim, o show do Forgotten Boys pra mim vai ser inesquecível. Nem tanto pelo show, que foi bem bom, mas pela grande piada que o destino me armou e que eu caí!
E na boa, foi muito divertido!